A dor emocional ou psicológica, desempenha um papel funcional semelhante a dor física. Evoluímos para o tratamento das dores físicas, no entanto com as dores emocionais ainda estamos engatinhando na busca efetiva de sua cura.
Veja bem, o porquê da grande dificuldade… quando tropeçamos em um objeto sólido e acertamos a ponta do dedão do pé provocando um trauma na unha, tão depressa levamos a mão para proteger o lugar atingido, e demostramos em gritos e gemidos que algo está ocorrendo naquele lugar específico isso revela a dor física. São reações de defesa naturais em humos e na maioria dos animais, essa habilidade é o que torna possível a sobrevivência.
Quando se trata de dores emocionais, o lugar traumatizado, na maioria das vezes, se espalha por todo o corpo e produz um certo conflito em nosso pensamento. Descrever o ponto especifico dessa dor torna muito difícil.
As emoções positivas são mais localizadas e percebemos rapidamente seu ponto de ativação, como os sentimentos prazerosos: sexo, aconchego, toque, comida, bebida, entre outros. Exemplificando, quando colocamos aquele pedaço de chocolate na boca, a língua deixa claro que, para quem gosta, é muito delicioso. Quando abraçamos nosso ente querido, nosso peito e braços mostram o quanto é prazeroso.
Não é assim com a dor emocional, talvez porque se ela si concentrasse em um local específico a dor seria muito insuportável. Por exemplo, se o luto concentrasse somente coração e não se espalhasse para o peito e depois para todo o corpo, certamente ele explodiria ou dava um pane e parava de bater.
Wanderlei Ferreira
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