A conquista afetiva eficaz, se estrutura no processo de seleção e não de escolha. Uma pessoa, seleciona alguém, de acordo com aquilo que ela mesma consiga lidar. Esse modo, permite a pessoa efetuar autoavaliações sobre conceitos de: valores morais e espirituais, estilos de vida, padrão socioeconômico, entre outros, que poderão determinar o sucesso ou não da esperada conquista.
Os afetos, são estimulados através de um conjunto de atividades em nosso organismo. Por imagens visuais, auditivas, tácteis e gustativas, elas se manifestam pela: percepção, sensação, atenção, pensamentos e comunicação (linguagem) motivação, emoção, lembranças (memórias), aprendizagem e inteligência.
O que faz desejar um parceiro, é a crença de que certo tipo de pessoa corresponda a uma necessidade maior, ou até mesmo uma determinada carência, estimulada pela percepção, através do pensamento de que aquela pessoa possa atender a sua necessidade.
Um exemplo: quando uma necessidade de um abraço ou sexo é percebida como condição motivadora, as atividades de afeto do sujeito acionam todo o conjunto do processo cognitivo, a fim de, se satisfazer. O que chamamos aqui de conquistas afetivas.
Compreendendo a Conquista Afetiva
Conquista afetiva é conseguir uma linguagem que te conecta emocionalmente ao outro. É demonstrar ao outro que você é aquilo que ele necessita. É desenvolver uma estratégia de atração física (aspecto estético), emocional e cognitiva (maneira de pensar, sentir, se expressar).
Mas, para que você se torne hábil em executar a conquista afetiva de alguém, existe um princípio a ser seguido -conquiste a si mesmo (Sócrates). Ou seja, para conectar-se a outra pessoa seja capaz de conectar-se consigo mesmo fazendo o que chamamos de intraconexão.
A intraconexão acontece quando você consegue se autodescrever e valorizar quem você é. Isto é, reconhecer e compreender a si mesmo, sendo capaz de valorizar os seus atributos, e administrar aquilo que o desafia.
Isso te tornará mais atraente e capaz de expressar seu interesse com segurança. O ajudará a não ser dominado por sentimentos de vergonha, inadequação, timidez. Dificilmente você fugirá ou ficará paralisado, praticando o auto desmerecimento e a vitimização.
Você será capaz de assumir os riscos de tomar a iniciativa. Será autoconfiante para expor seu interesse e saberá lidar com uma resposta de aceitação ou uma negativa da pessoa pela qual você se interessou. Isto não significa que não irá sofrer, mas que saberá lidar com seus sentimentos.
Como saber se você está apto para a Conquista afetiva?
Para a conquista afetiva ser bem-sucedida é imprescindível aprender a lidar bem com a autoimagem, com a autoestima, e, consequentemente, é necessário conseguir se autodescrever.
Um exercício para trabalhar esta capacidade é fazer uma lista com os aspectos que você percebe em você. Após listá-los, verifique se eles são mais negativos ou positivos. Tudo isto irá sinalizar como você se vê, e como está a tua autoestima e consequentemente irá contribuir com a tua habilidade de conquista.
A comunicação é outro pilar que sustenta a conquista afetiva. Não adianta você saber se valorizar e não se conectar ao outro. A linguagem que te conecta emocionalmente ao outro é a que promove um vínculo, trazendo uma sensação de bem-estar, prazer e excitação.
Comece a observar como está a tua capacidade de promover conexão, como a outra pessoa reage a você, o que o teu corpo sinaliza quando esta pessoa se comunica com você. Identifique e utilize intencionalmente, gestos, atitudes, palavras, que promovam e reforcem a vinculação
Seja capaz de demonstrar ao outro que você é o que ele(a) necessita
Você precisa suspender, temporariamente, as suas necessidades, para perceber as do outro. Isto não significa que você ficará esquecido, mas que em determinados momentos você vai dirigir a sua atenção ao que o outro te comunica, enquanto se mantém conectado consigo mesmo.
Quanto mais você desenvolver essa habilidade, mais evitará investir em relacionamentos com pessoas que não estão preparadas para estar com você.
Também perceberá o que o outro tem que não é compatível com o que você deseja, mas que você consegue administrar e conviver. Pois, quando estas incompatibilidades são maiores do que aquilo que você consegue suportar, a conquista fica inviável.
Exemplificando, se você deseja se casar rapidamente, mas o outro não pode (não está preparado), as necessidades de vocês não são compatíveis para aquele momento. Provavelmente a estratégia com maior economia emocional, seja direcionar teus esforços e energia para outra pessoa.
Ilustrando em outra perspectiva, se você é solteira está interessada em um homem separado e com filhos, mas você não consegue administrar este “pacote completo” dificilmente este será um relacionamento com uma boa convivência. É melhor você reafirmar o seu propósito ou adquirir habilidade para administrar esta convivência.
Outra situação a ser observada é um pretendente não estar pronto para você em um momento, mas em outro, sim. Isto significa que pessoas que poderiam formar um excelente par romântico, podem se encontrar em momentos em que não estejam emocionalmente disponíveis para aquele relacionamento. Pense em uma pessoa na qual você tem interesse, e que está em luto por um término de relacionamento. Dificilmente ela estará disponível para você neste contexto. Se você puder aguardar, existe a possibilidade de, no futuro, esta relação se estabelecer.
Um relacionamento saudável, sólido e duradouro é fruto de escolhas assertivas, bem administradas, compreendidas, o mais cedo possível. Por isto, há a necessidade de investir na prática adequada da conquista afetiva.